Wiring Pen

Existe um tipo especial de fio magnético (fio esmaltado) que derrete o esmalte com a temperatura do ferro de solda.  Esse fio é especial para fabricar protótipos de circuito impresso, e evita descascar uma pancada de fios para tal.  Basta encostar a ponta do fio no ponto a soldar, encostar o ferro de solda e pronto, o esmalte queima / recolhe, e a solda adere ao cobre.

Parece algo mágico, não é? Não, não é bem assim.  Precisa dar uma apertada no fio, esfregar a ponta do ferro de solda e a temperatura tem que estar um pouquinho acima do usual.  Também que o esmalte não queima ou recolhe assim tão limpo, fica lixo do esmalte sobre o cobre.

Dá um pouco de trabalho, mas ainda assim compensa usa-los ao invés de fios com ponta descascada, etc.

Esse fio chama-se “Magnetic Wire Solder” ou “Magnetic Wire Solderable”.  Existe à venda em diversos lugares, principalmente no eBay, é só um tiquinho mais caro mais caro que o fio esmaltado comum.

Bem, até ai tudo bem.

Mas para facilitar o uso e solda desse fio, eu montei uma ferramentinha que permite aplicar o fio com melhor precisão.  Isso até existe comercialmente para vender, e chama-se “Wiring Pen”, que em português se traduz para “Caneta de Passar Fio”.

Eu fiz a minha, porque as comerciais são de plástico injetado e custam mais de $30, um roubo e tanto.

Usei o corpo de canetas um pouquinho mais grossas, removi o interior, fiz um furinho to topo para passar o fio para dentro dela, na ponta colei com durepoxy agulhas de injeção com a ponta serrada, usei um clip prendedor de papel, uma bucha de parede e um carretel de linha de máquina de costura, uma capinha plástica de ponta de ferro de estante sobre a ponta da bucha, para evitar o carretel sair.  Beleza… Funciona muito bem.   O carretel não pode ficar soldo na bucha, e não fica, o que evita do fio desenrolar todo. As fotos abaixo explicam melhor.

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Uma pequena entortada no Clip de papel para que ele vestisse melhor sobre o corpo da caneta, veja nas laterais.  Na orelha do clip, entrou a bucha plástica de parede, sobre ela o carretel, depois as duas orelhas do clip de papel são levantadas e o terminador plástico segura tudo no lugar.  Um carretel desses de máquina de costura cabe diversos metros de fio, isso dá para meses de brincadeira.

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Elástico em volta dos bracinhos do clip de papel para manter as orelhas fechadas, sim ou não, o elástico prende melhor o carretel e realmente evita dele girar fácil.  As vezes você precisa do fio sair com mais dificuldade lá na ponta para poder rotear ele melhor no protótipo.  Eu também escrevi com caneta permanente o número AWG do fio no corpo do clip.  Na prática o fio 34 é mais dificil de usar, e o 27 é um tiquinho grosso demais, mas para barramentos de tensão e terra o 27 vai bem e dá mais ‘segurança’ mental.  O AWG 31 é ‘pau-prá-toda-obra’ e é o que mais uso.

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Aqui dá para ver as pontas das agulhas de injeção.  Usei duas medidas diferentes de agulhas, veja que o fio mais fino usa uma agulha mais fina.  Não é tão importante, mas eu as tinha à mão.  Infelizmente para passar o fio pela agulha tem que desmontar a caneta, então eu tomo cuidado de não deixar o fio entrar de volta.

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